domingo, 16 de outubro de 2016

Roubo de 45 galinhas motiva morte de garoto de 12 anos no RN, diz PM

João Victor Enedino foi morto a pedradas em São José do Campestre. Dois adolescentes de 17 anos foram apreendidos neste sábado (15).

João Victor da Silva Enedino tinha 12 anos (Foto: PM/Divulgação)
Um garoto de 12 anos foi morto a pedradas na noite da sexta-feira (14) na cidade de São José do Campestre, distante 100 quilômetros de Natal. Os suspeitos do assassinato também são adolescentes. Ambos têm 17 anos e foram apreendidos no final da tarde deste sábado (15), logo após o corpo de João Victor da Silva Enedino ter sido encontrado em meio a um matagal. Mas, por que apedrejaram o menino até a morte?
Em depoimento, PM relata a motivação para a morte do garoto João Victor (Foto: Reprodução/G1)
O G1 teve acesso ao depoimento de um dos policiais militares que fez a apreensão dos menores. Segundo relatou o soldado Renê Ramon Barbosa Nunes, um dos suspeitos contou que “o ato infracional se deu devido a vítima ter roubado 45 galinhas de um dos autores do homicídio”. O delegado Marcelo Marcos Alves de Lima, que é da cidade de Canguaretama e foi quem atendeu a ocorrência, confirma a motivação. “As investigações ainda vão comprovar o que os adolescentes afirmam. Pode até ser que haja outra causa, mas, até o momento, é o que consta no papel”, ressaltou. 

O matagal onde o corpo de João Victor foi encontrado fica em uma comunidade afastada da área urbana da cidade, chamada de Rua da Paraíba. “Ele foi morto na noite da sexta, mas o corpo só foi encontrado na tarde do sábado. Quando chegamos lá, já havia uma aglomeração de curiosos. Ao lado do corpo do menino, muitas pedras que foram usadas para matá-lo. Realmente um crime brutal e que chocou todo mundo”, disse o soldado Renê.

Ainda de acordo com o delegado, os dois suspeitos apreendidos devem ser apresentados ainda neste domingo (16) em um centro de triagem para adolescentes infratores, em Natal, de onde devem seguir para internação. Eles foram autuados por ato infracional análogo ao crime de homicídio. Caso a participação deles seja comprovada, devem permanecer internados em um centro de educação pelo período máximo de 3 anos.

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