quarta-feira, 8 de novembro de 2017

EX-ASSESSOR DOS IRMÃOS VIEIRA LIMA DIZ QUE REPASSAVA 80% DO SEU SALÁRIO PARA ELES



Em reportagem divulgada na revista Época o ex-assessor de Lúcio e Geddel Vieira Lima, Job Ribeiro Brandão, declarou que havia um acordo entre os três para que 80% do salário que recebia fosse devolvido para os irmãos. O valor devolvido corresponde a aproximadamente R$8 mil por mês, e era entregue em dinheiro vivo. O salário de Job, conforme registrado no site da Câmara de Deputados seria de R$14,3 mil brutos.

Job está em prisão domiciliar após a apreensão de R$51 milhões feita por policiais federais em um apartamento utilizado por Geddel. Na época, os investigadores encontram as digitais de Job nas notas apreendidas.

Ainda de acordo com a reportagem o assessor teria feito um documento de defesa, no qual pede que seja reduzida o valor da fiança porque o seu salário real seria muito menor do que os R$ 14,3 mil. O ex-assessor foi exonerado do cargo ocupado no gabinete de Lúcio Vieira Lima após ser alvo das medidas cautelares do STF.

Job ainda alegou em sua acusação que passou a ganhar mais quando adquiriu outra função, além da de parlamentar. Ele diz que cuidava do pai dos peemedebistas, Afrísio Vieira Lima. O que seria uma função particular sendo paga com recursos públicos. E aí, de acordo com a petição “Quando o pai do deputado adoeceu, em 2015, passou a devolver 70%, porque, além de suas tarefas habituais, passou a ajudá-lo nos cuidados com a saúde”, diz a petição.

A Época cita ainda trecho da petição: “Mesmo ciente das consequências da formalização de suas declarações, inclusive para a própria vida, mas convicto da necessidade de expor a verdade dos fatos, a fim de viabilizar o atendimento do que aqui se pleiteia, o investigado declarou a este causídico que, conforme acordado com os parlamentares, sempre devolveu, em dinheiro, cerca de 80% de sua renda”, diz a petição, assinada pelos advogados Marcelo Ferreira e Felipe Dalleprane.

Os advogados juntaram uma declaração escrita assinada por Job, sobre a qual se baseou a petição, e fotos mostrando que o ex-assessor é responsável por cuidar dos pais idosos, que dependem financeiramente dele. Foram juntados também documentos que comprovam os rendimentos líquidos, que, após os descontos obrigatórios, era de R$ 10,8 mil. No final das contas, com os 80% que devolvia, só sobrava R$ 3,7 mil mensais para o ex-assessor.
Do Varela Notícias

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