Segundo a polícia, Fernanda acreditava que Jumaria fez um ‘trabalho espiritual’ para separá-la do marido, e pagou R$ 500 para matar a amiga. Ela foi apresentada nessta segunda-feira (7), na sede da Polícia Civil, em Salvador. O titular da 23ª Delegacia (Lauro de Freitas), Joelson Reis, contou que tudo começou em outubro do ano passado, quando as duas mulheres se conheceram no aniversário de uma amiga que tinham em comum. Fernanda soube que Jumaria lia tarô e fazia trabalhos espirituais e resolveu fazer uma consulta com a amiga. O objetivo dela era tentar se reaproximar do marido.
“Ela foi casada por mais de 15 anos, mas tinha se separado do marido no ano passado. Eles se separam, mas ainda tinha muitas recaídas. Os dois tem dois filhos, de 13 e sete anos. Ele foi morar em São Paulo, mas ela viajava para vê-lo e quando ele vinha para Salvador os dois ainda se encontravam”, contou o delegado.
No começo de 2017, depois de fazer o trabalho com Jumaria, Fernanda foi para São Paulo ver o ex-marido, mas o encontro foi conturbado. Ela contou para a polícia, que eles brigaram e quando que voltou para Salvador soube, através de outra amiga, que Jumaria teria feito o trabalho às avessas, ou seja, para separá-la do marido.
O planoNo começo de 2017, depois de fazer o trabalho com Jumaria, Fernanda foi para São Paulo ver o ex-marido, mas o encontro foi conturbado. Ela contou para a polícia, que eles brigaram e quando que voltou para Salvador soube, através de outra amiga, que Jumaria teria feito o trabalho às avessas, ou seja, para separá-la do marido.
Fernanda recebia, em média, R$ 20 mil por mês de pensão do ex-marido, mas os valores começaram a diminuir com o passar do tempo. Acreditando na versão de que Jumaria estava por trás dessas mudanças, segundo a polícia, ela começou a planejar o assassinato da amiga. A vítima foi morta na manhã de uma quarta-feira, no final de semana antes da morte Fernanda chamou um dos empregados, Gilmário Carneiro dos Santos, conhecido como Guerreiro, e foi com ele até a casa do meio-irmão dela, Rakmus Varjão Pereira Alves, na cidade de Dias D’Ávila. De acordo com a polícia, ela contou para Rakmus, também conhecido como Choquinha, que planejava matar a amiga e pediu a ajuda dele para executar o plano. “Rakmus chamou um amigo, Diego Silva dos Santos, e junto com Fernanda e Guerreiro planejaram os detalhes da morte de Jumaria. A conversa aconteceu em um bar, em Dias D’Ávila, e a mulher de Rakmus, Taís Santos Ferreira, também estava presente. Diego ficou de contratar o assassino, que até o momento foi identificado apenas como Branco”, afirmou o delegado. No dia do crime Guerreiro levou os filhos de Fernanda para escola, enquanto ela, Rakmus, Taís, Diego e Branco se encontraram em um bar, em Stella Maris, próximo da casa de Jumaria. Eles esperaram a vítima sair e seguiram a mulher até a academia onde ela malhava, no bairro de Ipitanga, em Lauro de Freitas. Os quatro suspeitos seguiram em dois carros e pararam alguns metros depois do estabelecimento. Assassinato
Fernanda contou para os investigadores que ficou com Taís e Diego no carro Renault Symbol, prata, de Rakmus. Já ele, seguiu com Branco no Renault Duster, prata, dela para a academia. O meio-irmão da suspeita aguardou dentro do veículo enquanto o assassino matava a vítima. “Branco entrou na academia como se fosse aluno novo. Um instrutor apresentou para ele algumas áreas da academia e ele se afastou, logo depois, como se fosse para o banheiro. Nesse momento, ele ligou para Fernanda para confirmar se a vítima tinha uma borboleta tatuada no braço. Quando ela confirmou, ele se aproximou e fez os disparos”, contou o delegado.
Jumaria foi beleada uma vez na nuca, duas vezes no pescoço e uma na cabeça. Ela morreu no local. O assassino caminhou até a saída e fugiu com Rakmus. Fernanda foi ouvida uma semana depois do crime, mas como amiga da vítima. Os outros suspeitos, com exceção de Diego e Branco, também foram ouvidos no início do inquérito. Agora, todos são considerados foragidos. Eles estão com mandado de prisão preventiva em aberto. Fernanda foi presa na casa de familiares, na cidade de Natal, no Rio Grande do Norte, no dia 12 de julho. Segundo o delegado, a prisão dela não foi divulgada antes para não atrapalhar a investigação. A prisão foi uma ação conjunta dos investigadores da 23ª Delegacia (Lauro de Freitas) e da Delegacia Especializada de Homicídios (Dehom), do RN.
Ela negou o crime até ser interrogada. Durante a apresentação, nesta segunda, Fernanda preferiu ficar calada. Ela será indiciada por homicídios qualificado. Dos quatro suspeitos identificados e procurados, apenas Diego tem passagem policial. Ele é investigado por envolvimento em dois homicídios. O homem apontado como o autor dos tiros que mataram Jumaria ainda não foi identificado. Quem tiver informações sobre os suspeitos pode ajudar a polícia através do Dique Denúncia (71) 3235-0000 ou do Disque Xerife da 23ª Delegacia, no telefone (71) 9 9631-6891.
Do Correio24h
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